segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Denuncia explosiva contra o ministério da saúde: ABORTO NÃO


Eu quero pedir a vocês que liguem para o Ministério da Saúde, nessa segunda-feira, terça, quarta enfim, daqui para frente e exijam que o Ministro responda aos requerimentos RIC 2380/12 e 2381/12. Digam que o povo sabe o que está acontecendo e que não deixará de se manifestar de forma maciça contra essa manobra baixa do ministério para impor o aborto ao Brasil.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

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MINISTRO DE ESTADO: ALEXANDRE PADILHA
Telefone: 0 xx (61) 3315-2392, 3315-2393
Fax: 0 xx 61 (61) 3224-8747
E-mail: ministro@saude.gov.br

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CHEFE DE GABINETE: DRA. ELIANE CRUZ
Telefone: 0 xx (61) 3315-2788
Fax: 0 xx (61) 3315-2680
E-mail: eliane.cruz@saude.gov.br

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SECRETÁRIA-EXECUTIVA: DRA. MARCIA AMARAL
Telefones: 0 xx (61) 3315-9260, 0 xx (61) 3315-9262
Fax: 0 xx (61) 3315-2816
E-mail: gabinete.se@gov.br

Para falar com a presidência

CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA

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GLEISI HELENA HOFFMANN, MINISTRA-CHEFE DA CASA CIVIL
Chefe de Gabinete - Carlos Carboni
Secretária do Chefe de Gabinete: Tassiana Carvalho
Telefones: (61) 3411-1573, (61) 3411-1935,
(61) 3411-5866
Fax: (61) 3321-1461
E-mails: casacivil@presidencia.gov.br,
carlos.carboni@presidencia.gov.br,
gabinetecasacivil@presidencia.gov.br,
tassiana.carvalho@presidencia.gov.br

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SECRETÁRIO-EXECUTIVO - BETO
VASCONCELOS
Telefone (61) 3411-1034
Fax (61) 3322-3850
E-mail: beto.vasconcelos@presidencia.gov.br

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É possível também escrever para a Presidente DILMA ROUSSEFF:
gabinetepessoal@presidencia.gov.br
Fax: 0 xx 61 3411 2222


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=kA1BfOJy5Bs

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

No ataque: líder gayzista repreende cristãos

Sandro Guidalli*

É preciso esclarecer: a estratégia gay não é uma estratégia de defesa. É de ataque às instituições que formaram a sociedade brasileira.

Não é uma ditadura silenciar padres e pastores em seus púlpitos, como querem os ativistas como Toni Reis?


O líder gay e dirigente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGT), Toni Reis, publicou na semana que passou um artigo num site chamado Mix Brasil, voltado para a comunidade que ele representa. No artigo, Toni Reis concentra-se no argumento de sempre, o de que os homossexuais são vítimas de uma sociedade baseada no preconceito contra eles e, por isso, os gays devem ser protegidos pelo Estado. Tudo deve mudar: os gays precisam ter direitos iguais aos dos negros nem que para isso seja preciso transformar todas as leis do país, desde a Lei de Execuções Penais até a Constituição Federal, passando pelos códigos Civil e Penal. Na cabeça dos ativistas gays, além disso, está uma obsessão: a criminalização de qualquer ação qualificada de "homofóbica".
 
O texto assinado por Toni Reis, no entanto, traz uma novidade: desta vez ele usa também argumentos bíblicos contra os supostos cristãos homofóbicos. Para ele, o pecador não é o homossexual e sim quem acusa o homossexual de pecar. Puros são eles e não os que exortam os gays a abandonar o comportanto pecaminoso. Antes de confrontar Toni Reis com os erros de sua argumentação, é preciso lembrar uma coisa: assim como o Deus da Bíblia, os cristãos não odeiam os pecadores. Eles sentem repugnância é pelo pecado. E isso faz toda a diferença na hora de um debate com a comunidade GLBT, por exemplo.

Quando pastores evangélicos ou padres católicos repreendem os homossexuais, eles não estão discriminando as pessoas que sentem atração pelo mesmo sexo. Eles estão chamando a atenção delas para o pecado que elas cometem ao afrontar as leis de Deus. Cristo, aliás, tem horror ao sexo praticado fora do casamento, seja o sexo realizado por heteros ou homossexuais. Todos, adúlteros e homossexuais, são chamados de "perversos" por Paulo na carta aos Coríntios (ICor6:9). Não existe, portanto, qualquer motivação para o cristão diante de um gay que não seja a de exortá-lo a afastar-se do pecado, convertendo-se a Cristo e abandonando as trevas.

Dito isso, vamos aos argumentos de Toni Reis. Ele cita Atos (10:34) e Tiago (2:1) para defender a ideia de que os cristãos, ao repreender os gays, estariam discriminando-os. O versículo diz "Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com favoritismo (NVI)". Acontece que, ao opor-se aos homossexuais, os cristãos e seus líderes eclesiásticos não estão distinguindo-os de outras pessoas porque, como visto acima, o que está sob exame não é o homem gay e sim o pecado que ele comete ao se deitar com outro homem. Aliás, adúlteros heterossexuais devem receber a mesma orientação: a de arrependerem-se do pecado e voltarem-se suas vidas na direção de Cristo.
 
O foco do cristão, em oposição aos homossexuais, é apontar o dedo para o pecado praticado e não para o pecador. Jesus veio para mostrar ao homem o pecado dele, homem. Acaso não foi isso o que Ele fez ao dissipar a multidão que queria apedrejar a mulher adúltera? Toni Reis tem razão: ninguém deve mesmo discriminar as pessoas seja por qual motivo for. Mas ele, entretanto, não tem cultura bíblica para saber que os cristãos estão alertando o pecador de que a prática do pecado trará as piores consequências para ele pois o comportamento errado é um ato de indisciplina e de desobediência a Deus. E os que têm intimidade com a Bíblia sabem o que está reservado a estas pessoas quando Cristo vier julgar a todos. Ao se opor ao modo de vida homossexual, os cristãos agem com o amor devido aos pecadores. Não discriminando-os. Se alguém o faz é porque não é cristão de verdade.

A "repreensão" de Toni Reis, quando aponta para uma suposta acepção de pessoas, é absurda. Ele simplesmente não sabe sobre o que está falando. Seria melhor para ele, por isso, não dar uma de "pastor" e querer aplicar lições de moral bíblica sobre os que se opõem aos desejos de transformação da família brasileira numa família onde vale tudo. O que ocorre é que os críticos do modo de vida gay apenas não conseguem aceitar a ideia de que, por causa de um comportamento sexual, um grupo de pessoas possa ter mais direitos que outras ou mais direitos que o direito à liberdade de expressão e de religião. Toni Reis e outros líderes do movimento homossexual sabem que o argumento deles é inaceitável pela grande maioria dos brasileiros e por isso sua estratégia está em apelar para a vitimização do gay, reduzindo-o a um coitadinho que precisa da tutela do Estado contra sociedade heterossexual malvada.

Além disso, é sempre bom lembrar que, como "vítimas", os ativistas homossexuais e sua militância, com toda a argumentação de igualdade de direitos, estão em pleno ataque, não na defesa. Eles não estão sendo atacados. É o contrário. Os cristãos que zelam pela família heterossexual é que estão defendendo-a dos ataques do movimento homossexual.

É preciso também esclarecer: a estratégia gay não é uma estratégia de defesa. É de ataque às instituições que formaram a sociedade brasileira.

Quem quer uma nova ordem jurídica baseada na proteção às diferenças de orientação sexual são eles, não os cristãos. Para que essa estratégia de ataque dê certo, é preciso martelar todos os dias, com o apoio indiscutível da mídia, que o Brasil vive uma onda de atentados contra os homossexuais. E para que as pessoas fiquem convencidas do que não existe, vale tudo. Desde forjar números falsos, fabricar estatísticas e apontar pesquisas favoráveis à estratégia sem que seja possível ter acesso aos dados ou ao menos avaliar o rigor com que elas computaram os dados. O próprio Toni Reis, em seu artigo, cita uma pesquisa que apoiaria a tese da homofobia mas não diz quem a realizou, quantas pessoas foram ouvidas, etc, etc.

O líder gay também afirma em seu artigo que o movimento homossexual não quer impor "uma ditadura gay" no Brasil. Mas como qualificar o objetivo de criminalizar qualquer expressão contra o homossexualismo taxando-a de homofóbica? Não é uma ditadura silenciar padres e pastores em seus púlpitos, como querem os ativistas como Toni Reis?

Antes de encerrá-lo, o autor do artigo recomenda que as Igrejas sejam mais tolerantes e acolham casais do mesmo sexo, realizem seus matrimônios e convivam com eles como irmãos em Cristo. Saiba Toni Reis que, qualquer Igreja que assim o fizer estará ela também em absoluta oposição a Deus. É preciso sim acolher os pecadores mas desde que eles se convertam e abandonem o pecado pois não é possível a comunhão entre as trevas e a luz.

Por fim, como deve fazer todo cristão, é preciso uma recomendação final ao próprio Toni Reis. Toni, abandone o homossexualismo, converta-se a Cristo e deixe Ele operar maravilhas na tua vida. Deixe de viver como escravo da carne e viva sob as bênçãos do Deus da Bíblia. Ele é Amor e trata bem os filhos da obediência.

***

"Muita diversão, tolerância e amor" com dinheiro público

Em menos de uma semana, o Ministério da Cultura liberou quase R$ 250 mil para o movimento homossexual em dois estados do Nordeste: Ceará e Pernambuco.

O primeiro será palco do sexto Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual, que acontece em Fortaleza entre os dias 3 e 9 de novembro. Este ano, foram liberados R$ 229 mil do Pronac (Programa Nacional de Apoio à Cultura) para o evento. Recursos desta fonte só são possíveis de se obter se os organizadores garantirem livre acesso ao público.

Em Pernambuco, o sociólogo Hemerson de Moura Silva, criador da Mostra de Cinema Itinerante sobre a Diversidade Sexual, ganhou R$ 15 mil de reforço em seu caixa da Funarte, órgão de apoio e fomento à arte vinculado ao Ministério da Cultura. As duas liberações, no total de R$ 244 mil, foram publicadas em junho no Diário Oficial da União (DOU). Segundo o site do festival cearense que enaltece o homossexualismo, ele "está consolidado como um dos mais importantes do Brasil" com público médio de mil pessoas.

Graças ao apoio do governo, o festival está sendo ampliado e chegando a outras cidades do país. Em Fortaleza, ele ocupa centros culturais da periferia e vai além do cinema com temática gay: peças de teatro são representadas gratuitamente para a população. "Muita diversão, tolerância e amor", como dizem seus organizadores.

Ocupar espaços culturais e oferecer lazer sem custos para a população mais pobre fazem parte de um duplo objetivo do movimento gay: transmitir a ideia de que é bom e normal ser gay ao mesmo tempo em que acentua a noção de que os homossexuais são vítimas de uma sociedade homofóbica que os discrimina. E isso direcionado para pessoas de menor renda. Filmes, peças de teatro e literatura feita por homossexuais costumam ter um papel que vai muito além do entretenimento: é homossexualismo na veia do povo.


Do site Fé em Jesus.
 
*Sandro Guidalli é jornalista

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A educação brasileira em três etapas

Henrique Otani

Quando o assunto é educação, o Brasil é unânime – ou, ao menos, deveria ser. As mazelas são conhecidas e soam mais como chavões se utilizadas em discursos: o sucateamento; as últimas colocações nos levantamentos mundiais; a desvalorização dos educadores; et cetera. A solução proposta, no entanto, é apenas uma: investir 10% do PIB no setor. Entretanto, se a solução fosse tão simples, bastaria investir 20% e a educação brasileira se tornaria uma das melhores do mundo.

Mas afinal, a atual situação da educação é resultado apenas da falta de investimentos? A resposta é óbvia: não. Basta observar o ensino pago e a sua idêntica má qualidade, e os inúmeros “levantes” populares em busca de mais verbas do estado se tornam questionáveis.

A principal doença que assola a educação brasileira é uma não muito comentada: a doutrinação. Há décadas, encontra-se em incursão um esquema que solapa qualquer chance de que os alunos aprendam a matéria – e nada além – em salas de aula. De uma análise crítica, são identificáveis três etapas nas quais a educação se baseia, formando um ciclo que, se não extinto, degradará cada vez mais o ensino, até que esse se torne mero instrumento doutrinador de acordo com os anseios do estado – ou da elite que dele se apodera.

I. Da destruição dos valores da família

Uma das maiores funções da família no desenvolvimento da criança é a de fornecer valores. Em uma família cristã, espera-se a formação da criança de acordo com a moral cristã. Não há alguém, em sã consciência, capaz de criticar tal ciclo, acusando a família de doutrinação ou imposição, uma vez que, ao amadurecer, o indivíduo goza da liberdade de continuar seguindo ou não a moral recebida durante o seu desenvolvimento.
Todavia, há décadas, observam-se diversas medidas tomadas no intuito de destruir a família – ou, no mínimo, seu conceito tradicional. De tal forma, a educação dada durante o desenvolvimento da criança manifesta-se como uma excelente forma de retirar a autoridade da família em sua formação moral.
Na edição de número 2074, a Revista VEJA divulgou uma pesquisa realizada em escolas. Na ocasião, 78% dos educadores consideravam “formar cidadãos” como sua maior função no ensino, em contraponto aos míseros 8% que responderam “ensinar a matéria”. No entanto, é necessário salientar que, na maioria das vezes, os valores da família do aluno diferem daqueles repassados na escola. Nesse caso, a única – e legítima – solução é o ensino doméstico.

Permitido em diversas nações desenvolvidas – Estados Unidos, Reino Unido e Austrália são alguns exemplos –, o homeschooling é “uma alternativa constitucional à falência da educação no Brasil”, como discorre o Professor Alexandre Fernandes Moreira em um longo e consistente artigo, no qual demonstra a constitucionalidade do ensino doméstico e faz uma constatação óbvia: a escola não é apenas um local em que se trocam informações, mas também onde são transmitidos valores aos alunos.
Portanto, abster a família de seu legítimo direito é apenas mais um mecanismo de um estado autoritário visando controlar até mesmo a mentalidade das futuras gerações. Com um ensino arraigado nos “moldes estatais”, as funções da família se resumem aos cuidados físicos e financeiros da criança. E nada mais.

II. Do ensino unilateral

Uma vez que detém, de modo inquestionável, o dever de ensinar a criança, o estado aproveita-se de sua superioridade e escolhe o que se deve ser ensinado ou condenado ao ostracismo. Em algumas ocasiões, a escolha é feita em nível inferior, na própria escola. Professores escolhem o que é necessário ou não dizer; o que é necessário ou não esconder; os nomes que devem ser idolatrados ou odiados. E nesse caso, o ensino unilateral é, obviamente, o da ideologia dominante.

O site Escola Sem Partido, há anos, denuncia casos de doutrinação nas escolas. Os exemplos são sempre semelhantes: as maldades do cristianismo; como o liberalismo econômico assola o ocidente; como os Estados Unidos matam inocentes; a necessidade urgente de uma reforma agrária; as ações virtuosas e libertadoras do MST; e tutti quanti. A mais emblemática, no entanto, decorre de um artigo de Mírian Macedo, no qual, cumprindo seu papel de mãe exemplar, explicita a doutrinação contida no material escolar de sua filha.

Ainda de acordo com a pesquisa da Revista VEJA, apenas 20% dos educadores consideraram-se ideologicamente neutros. Todavia, entre os entrevistados, alguns nomes admirados apareceram com bastante freqüência: Paulo Freire em 29% das respostas, antecedendo Karl Marx, com 10%. O terrorista – considerado herói entre a “elite intelectual” da atualidade – Che Guevera, aparece com 86% de citações favoráveis.

Conclusão: não é de se espantar que, entre os recém-formados do ensino básico, apenas nomes como Karl Marx, Friedrich Engels e Paulo Freire são conhecidos. No ensino superior, a situação é mais dramática, dado o nível de formação que deveria ser oferecido aos alunos. Para os cursos de filosofia, Mário Ferreira dos Santos não existiu. Não é incomum um graduando em economia – ou até um docente – desconhecer nomes importantes da Escola Austríaca.

III. Da formação de “intelectuais orgânicos”

As gerações de novos educadores, submetidas à doutrinação durante sua formação, tendem ao reestabelecimento do ciclo. A maioria, não conseguindo “nadar contra a maré”, adere aos mesmos métodos de ensino de seus velhos mestres.

De tal constatação, decorre uma consequência danosa ao conhecimento: o esquecimento das idéias que, na viseira ideológica, localizam-se diametralmente opostas ao discurso dominante. Em uma sociedade dita democrática, devem coexistir todas as ideologias, sendo essa a única maneira de se aprimorar a própria democracia, através de debates entre seus representantes e a adesão da população a uma ou outra corrente com que tenha maior afinidade. A liberdade de escolher a mais adequada corrente de idéias – de acordo com os valores do próprio indivíduo – é, no entanto, impossibilitada, uma vez que apenas a hegemônica é disseminada.

A formação exclusiva de novos intelectuais orgânicos – de acordo com a definição de Gramsci –, resulta em uma hegemonia da esquerda sobre a mentalidade coletiva. Para Olavo de Carvalho, é o “Imbecil Coletivo”. Sendo assim, a nova intelectualidade militará em defesa das idéias que, de alguma forma, compuseram as suas próprias, formando um rebanho de novas mentes igualmente incapazes de raciocinar ao mesmo tempo em que desvinculam-se dos interesses de suas classes ou grupos sociais.

Possíveis reações ao ciclo descrito são de difíceis aplicações, uma vez que: (1) se contrapõem diretamente aos interesses do estado; (2) interferem, de modo negativo, na incursão do movimento revolucionário, sobretudo na hegemonia da esquerda na esfera cultural; (3) mesmo que aplicadas, os efeitos só se manifestariam em algumas gerações, estabelecendo uma espécie de nivelamento no repasse de ideologias, não impedindo, de fato, que uma ou outra se sobressaia.

Logo, as soluções são extremamente complexas. A legalização do ensino doméstico seria um grande avanço, mas não o suficiente. Nos Estados Unidos, os adeptos do homeschooling representavam, em 2007, menos de 3% dos alunos. No Brasil, levando-se em consideração fatores econômicos e culturais, a representação seria ainda menor. Portanto, medidas extras teriam de ser adotadas no intuito de blindar o restante dos alunos da doutrinação – é necessário salientar: não só de esquerda, mas de qualquer imposição de valores. Todavia, essas medidas, de uma ótica operacional, tornam-se quase impossíveis com uma simples análise do sistema de ingresso nas faculdades brasileiras: o famigerado vestibular.

A conscientização popular acerca das causas que defendem – como o aumento de investimentos na educação, na crença irracional de improváveis melhoras – é fundamental antes de qualquer outra mudança.

Notas e referências:

Pela ensinança das crianças: também quero meus 10%”: artigo de Flávio Morgenstern com uma excelente reflexão acerca das reinvindicações em favor de 10% do PIB investidos na educação.

A pesquisa da Revista VEJA está disponível em seu acervo digital. A edição é a de número 2074, de 20 de agosto de 2008.

Homeschooling: uma alternativa constitucional à falência da Educação no Brasil”: artigo do Professor Alexandre Fernandes Moreira acerca da constitucionalidade do ensino doméstico.

Prólogo de O Imbecil Coletivo”: disponível no site do filósofo Olavo de Carvalho. O livro está à venda na livraria virtual do Seminário de Filosofia.

O Escola Sem Partido cumpre um importante papel na denúncia de casos de doutrinação ideológica no âmbito da educação brasileira.

Artigo originalmente publicado em Sapientia et Varitas.

Por que as cotas no ensino superior são um erro, uma injustiça...

O renascimento da direita

Entrevista com Cibele Baginski

A gaúcha de 22 anos explica por que organizou o movimento pela refundação da Arena, o partido criado para dar sustentação ao regime militar

CIBELE: "Um general elogiou a iniciativa"
(Foto: Jefferson Bernardes / Preview.com)

Como surgiu a ideia de refundar a Arena?
Faltam ideologia e pragmatismo na política nacional, os partidos são movidos por interesses e conveniências e não existe direita no Brasil.
Queremos oferecer aos brasileiros um partido que represente a genuína direita. Faremos isso assim que reunirmos o número de assinaturas necessárias para obter o registro da Arena, o que deve ocorrer no ano que vem.

Você pretende copiar o ideário do partido original?
Vamos nos inspirar nos fundamentos da Arena, sim.
Existe um marketing para dizer que ser de direita é ruim e retrógrado, mas ser de direita é ter respeito às pessoas, é promover mudanças econômicas e sociais de maneira ordeira, sem caos, pensando no progresso do país em primeiro lugar.

O que vocês defendem?
Somos conservadores e nacionalistas.
Estruturalmente, seremos uma sigla de alianças, como a original, e abarcaremos outras ideias, como o integralismo, por exemplo. [Integralismo foi, no Brasil, o movimento de corte fascista chefiado por Plínio Salgado, nos anos 30.]

Por que você acha que o projeto será bem recebido?
As pessoas mais velhas, que têm saudade da Arena, certamente vão gostar.
Um general me procurou e elogiou a iniciativa. Os jovens que já buscaram conhecer a história do país também vão abraçar a causa. Meus amigos de esquerda é que não curtiram.

Fonte: Revista Veja

quinta-feira, 26 de julho de 2012

O imaginário mundo de Michel Leclerc

Henrique Otani

Se “toda unanimidade é burra”, não existiria alguém mais estúpida que Baya Benmahmoud aos olhos de Nelson Rodrigues. A esquerdista militante de Les Nom des Gens, do francês Michel Leclerc, classifica todos à sua direita ideológica como “fascistas”. Independentes do viés ideológico e do humor rasteiro contidos no longa-metragem, há duas interpretações concebíveis de sua mensagem: uma, tola e irracional, formada aos olhos de um esquerdista similar à própria Baya; outra, crítica e satírica, de um espectador comum.

Com locus communis em demasia, o humor do filme não se encontra em sua história ou em suas frases soltas – como a de Cécile, mãe de Baya, em uma esquina qualquer dizendo que “a CIA financiava o regime fascista de Pinochet” -, mas em sua caricaturização involuntária da militância da esquerda francesa.

Baya Benmahmoud é uma bela moça e leva a frase “make love, not war” tão a sério que seria uma figura inusitada até no cenário americano de contracultura da década de 1960. Para convencer seus “inimigos fascistas” – que eram os mesmos de sua mãe: franceses, ricos, consumistas e todo o resto do ocidente – a mudar de lado, utiliza o sexo de forma imoral e deslavada. A evocação de Nelson Rodrigues não foi despropositada: Nelson dizia que, se houvesse a dissociação do sexo e do amor, o homem começaria a se desumanizar. De fato, observa-se que Baya não age como um ser humano comum e, completamente fora de si, chega a esquecer de suas vestes ao sair de casa, mas retorna ao seu estado normal de cognição ao ser abordada em um metrô.

Com um histórico de sucesso na conversão de homens “fascistas” ao lado “esclarecido e democrático”, Baya investe em uma nova vítima: Arthur Martin, aparentemente conservador, mas que tem como ídolo o socialista Lionel Jospin. Os dois iniciam um estranho relacionamento recheado de idas e vindas. Apesar das contradições, Arthur mostra-se sensato ao dizer à Baya que existe honestidade em ambos os lados, mas ela discorda e diz que a política é feita de idéias e que as idéias da direita sempre estão relacionadas ao dinheiro, ao nacionalismo e fazem valer as “leis da selva”. Forma-se então mais uma caricatura: a esquerda que quer discutir idéias mas não apresenta nenhuma de suas próprias, apenas questiona algumas tidas como verdadeiras sobre a direita.

Do socialismo – talvez de forma mais acentuada e com absoluta certeza de uma forma mais vigarista -, surgem homens que têm como única meta enriquecer aproveitando-se de seus “iguais”. É a servidão que não é comum apenas a um sistema econômico, mas aos relacionamentos estabelecidos entre os seres humanos em um sistema supostamente igualitário.

As “leis da selva” – em que “sobrevivem os mais fortes” – são nada mais que os valores de meritocracia e de livre concorrência, incompreensíveis a um ser humano incapaz de se inserir no mercado. Faz-se necessário, no entanto, explicitar que alguns homens – sobretudo os que nasceram à margem da sociedade – são realmente incapazes de concorrer em uma economia de mercado; outros, entretanto, têm a oportunidade e não se inserem na competição em razão de seu comodismo ou mera vigarice, restando-lhes a crítica voraz e infundada ao “sistema feroz”.

Sendo assim, o nacionalismo não deve ser visto como danoso tanto na economia quanto no âmbito social. Da mesma forma que grandes multinacionais se associam umas com as outras, formando monopólios internacionais, é compreensível que uma empresa nacional busque em seu governo – se não houver outro financiador disponível – apoio no intuito de não ser esmagada. Algo semelhante ocorre com os marginalizados em uma economia de mercado: cabe ao estado oferecer-lhes condições de concorrer em igualdade com os demais. Ademais, o nacionalismo, no sentido em que é empregado, evita os males de um teórico governo mundial, com a mais completa destruição das fronteiras nacionais e de inúmeras culturas locais.

Logo após tal “discussão”, Baya compra alguns crustáceos em um feira e, acompanhada de Arthur, seguem ao litoral no intuito de “salvar” esses animais. Nessa cena, há a utilização de um recurso fotográfico muito interessante: a música tocada e a iluminação dão um ar sublime à Baya, como se a mesma estivesse realizando um feito digno de ser inocentada de qualquer erro que tenha cometido, sendo assim infantilizada – seu tom de voz muda e então indaga “como ficariam os camarões” nas garras cruéis do capitalismo.

Em um dos momentos finais do filme, Baya surta ao votar equivocadamente em Nicolas Sarkozy, atribuindo a si mesma a culpa de sua eleição em 2007. Nesse misto de erros, chavões e pregação ideológica barata, a personagem de Sara Forestier retrata bem o tipo de esquerdista que entra no embate ideológico atual – não só na França, mas em todo o ocidente -, tornando-o caricato e inútil, ocasionando a mais completa estupidez obrigatória.

Publicado originalmente no blog Sapientia et Veritas

Helenismo, decadência e suas relações com o Brasil

Alessandro Barreta Garcia*

            Com a decomposição da pólis grega, já anunciada pela guerra de Peloponeso abre a possibilidade de Felipe, filho do rei Amintas e pai de Alexandre o grande, desferir uma ofensiva contra os gregos (GIORDANI, 2006 e GARCIA, 2012). Segundo Toynbee (1963) Felipe teria sido educando entre os tebanos e aprendeu muito sobre a cultura grega. Na expectativa de introduzir na Grécia um império universal, Felipe já preparava seu filho no qual tinha aulas com um dos maiores mestres do conhecimento grego, o filósofo Aristóteles.
            Em 338 a/C Felipe obteve importante vitória contra os gregos na Queronéia. Com o intuito de introduzir entre os gregos um império universal Felipe contribui para a alteração da categoria de cidadão que passara não só de Cidadão/Soldado para Soldado/profissional como também para súdito. Para Toynbee (1963), Felipe impõe uma unidade e paz entre os gregos. Ainda assim tais mudanças serão significativas e profundas na civilização helênica.
            Nesse novo quadro social, o helenismo, ou seja, a difusão da cultura grega para outros povos do oriente representam também a queda efetiva do conceito de cidadania, ou mesmo, seu total desaparecimento. Segundo Giordani (2006): “A Grécia clássica em com ela a pólis desapareceria, de certo modo, do cenário da História para dar lugar a uma nova civilização, a uma nova concepção de vida” (p. 176). Deste modo, o cidadão/soldado já não teria mais espaço nesse ambiente social. Dominante na época, as monarquias abrem espaço a outra categoria: o súdito.
            Passado o período da filosofia clássica, Carvalho (2006a) aponta que o desenvolvimento da filosofia sofre grande queda. As escolas filosóficas tais como a de Sócrates, Platão e Aristóteles não apresentam mais um nível de composição das ideias. Apesar disso, no período helenístico é observado um grande avanço estrutural, pois o número de bibliotecas e institutos de ensino é maior Lévêque (1987). Ainda assim, esse aumento foi apenas quantitativo e nada comparado ao florescimento de ideias do período anterior. Como prova do individualismo, o lirismo na época helenística é observado por Carvalho (2006a); Lévêque (1987) e Garcia (2012) como uma espécie de sabedoria pessoal. Na comedia Toynbee (1963) reconhece uma ausência no que se refere ao vinculo com a política como se observava nas comedias da época clássica.
            Sem um ambiente democrático, as tragédias envoltas em histórias clássicas dão lugar a uma história individual, tendo ela a problematização do individuo, seus sentimentos e aflições, dignas da nova ordem histórica, uma ordem isolada dos problemas discutidos em grupos e nas assembleias. Nascia uma espécie de autoajuda.
            O Brasil vive algo semelhante, pois, apesar do status de democracia, o brasileiro se comporta como um verdadeiro súdito. A sua não participação nas decisões políticas e sociais do país parece confirmar sua característica individualista e notadamente passiva. Nos últimos anos parece ficar claro a ofensiva ideológica para neutralizar a percepção do povo brasileiro.
               Para Rodríguez e De Sousa (2006):
Emerge dessas considerações o conceito de “revolução passiva”, onde os principais sujeitos históricos (as classes operárias e os camponeses pobres) são deixados do lado de fora do processo histórico e cooptados pela hegemonia de classes alheias aos seus interesses. Esse processo, como o ocorrido na Itália na época do Rissorgimento, é efetivado, pelas classes dominantes, sem recurso ao terror, na medida em que os de baixo são cooptados passivamente. As classes dominantes utilizam, nesse processo de cooptação dos seus inferiores, os mecanismos que Gramsci denomina de “aparelhos privados de hegemonia”, que consistem na escola, na igreja, nos jornais e nos demais meios de comunicação em geral (RODRÍGUEZ e DE SOUSA, 2006, p. 10).            Para os progressistas que seguem a linha do marxismo gramsciano, o combate ao conservadorismo e as leis constitucionais são intensificadas. Como aponta Rodríguez e De Sousa (2006), é preciso a partir dos intelectuais orgânicos o domínio das massas formando um coletivo que para Carvalho poder ser considerado como o Imbecil Coletivo (CARVALHO, 2006b). A propaganda neste caso é essencial para que os intelectuais orgânicos coloquem em prática o que foi preconizado por Gramsci e pela escola de Frankfurt.
            Um dos últimos exemplos dessa busca pela individualização é a legalização do aborto de crianças anencéfalas. Outro exemplo é a enorme venda de livros de autoajuda, uma característica emblemática do período helenístico. A enorme quantidade de grupos sociais, tidos como minorias, pelas quais buscam direitos individuais contrários à constituição brasileira. No Brasil, somos protagonistas de um dos piores níveis educacionais do mundo e um dos maiores níveis de assassinato por ano. Um modelo educacional no qual quer incitar ao anticristo. Esses são alguns exemplos da decomposição brasileira, um verdadeiro período de decadência, individualização e miséria intelectual.
            Não obstante, a música brasileira em geral é de péssima qualidade, pois, como não poderia ser diferente, visto que o brasileiro com uma das piores educações do mundo não poderia formar uma classe popular, e até mesmo elitizada, na qual pudesse conseguir distinguir uma música ruim de uma canção harmônica, um livro de autoajuda de um clássico, um filme fundo de quintal de um épico. Que Deus proteja nosso país.
           
REFERÊNCIAS

CARVALHO, O. Período Helenístico I. Coleção história essencial da filosofia. São Paulo: É Realizações, 2006a.

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* É mestre em Educaçãohttp://www.alessandrogarcia.org/

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