quinta-feira, 31 de maio de 2012

A importância da família à luz da política de Aristóteles

Alessandro Barreta Garcia*

Ressaltar que para Aristóteles, o sistema educacional da cidade começa muito antes do próprio nascimento de uma criança, e o fim desta educação é sempre a busca da felicidade é reviver temas importantes nos quais hoje em dia são deixados de lado (ARISTÓTELES, 1985).
Notar que a cidade é a junção de pequenas famílias que formam um povoado e a junção de vários povoados forma-se, finalmente, a cidade, e que nesse sentido a família é a primeira célula da cidade precisa ser constantemente lembrado, pois muitos pais se esquecem de suas obrigações como provedores de um tratamento saudável aos seus filhos.
Para Aristóteles, o todo prevalece sobre as partes, assim como a cidade prevalece sobre as famílias e povoados. No Brasil o Art. 226 da Constituição garante que: “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”. Sendo que, “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento” (BRASIL, 1988). Dessa forma Aristóteles é a grande inspiração constitucional para a garantia da perpetuação da espécie. Aristóteles defende com a seguinte orientação, “quando todo o corpo é destruído pé e mão já não existem” (ARISTÓTELES, 1985, p. 15). O ser humano, nesse caso, necessita da cidade, é parte integrante dela, e se não for, suas funções se perderão. O ser humano é subordinado à cidade, assim como a mulher e a criança são dependentes dos homens. No caso da criança, sua realidade é descrita da seguinte forma: “A criança ainda não é completamente desenvolvida, e portanto suas qualidades obviamente não podem ser consideradas apenas em relação a ela mesma, e sim ao homem inteiramente desenvolvido, ou seja, à pessoa que tem autoridade sobre ela” (ARISTÓTELES, 1985, p. 33–1260b).

Certamente, que, considerando a criança em relação ao homem já bem formado, suas potencialidades se distinguem, pois suas ações ainda não são consideradas suficientemente autônomas. Ficando claro que as partes de um todo constituem a formação da cidade e certos que as famílias são constituídas de homens, mulheres e crianças, é possível perceber que a educação das crianças deve ser direcionada a partir da constituição formal do estado, portanto deve ser pública.

O Casamento segundo Aristóteles

Aos sessenta anos termina a capacidade de se procriar para os homens, para as mulheres termina aos cinquenta anos. Observamos ainda as orientações abaixo:

É conveniente, portanto, que as mulheres se casem por volta dos dezoito anos de idade, e os homens aos trinta e sete ou pouco antes, pois assim haverá tempo bastante para que a união transcorra enquanto as duas partes estão com o corpo em pleno vigor e para que a cessação da capacidade procriadora ocorra numa época convenientemente coincidente.  (ARISTÓTELES, 1985, p. 260).

Devem as mulheres, a exemplo de Esparta, exercitarem-se, e cabe ao legislador adotar medidas para que o exercício leve se torne hábito das mulheres grávidas. As crianças recém-nascidas merecem cuidados especiais. Nesse caso, a atividade física é de grande importância no processo educacional da criança. Além das atividades físicas, o leite também é fundamental na criação da prole. “Também é conveniente levá-los a fazer todos os movimentos compatíveis com a idade”.  (ARISTÓTELES, 1985, p. 262). Logo se indica que um cuidado com a criança deve ser conveniente com sua faixa etária, adequado a sua forma física. Para Aristóteles:

É aconselhável usar no período inicial da vida estes métodos de cuidar das crianças ou outros equivalentes; no período seguinte a estes, até os cinco anos, não é aconselhável encaminhá-las a qualquer espécie de estudo ou a afazeres compulsórios, porque isto lhes perturba o crescimento, mas elas devem ser levadas a movimentar-se o bastante para evitar a indolência corporal; pode-se chegar a este resultado de varias maneiras, principalmente por meio de jogos infantis.  (ARISTÓTELES, 1985, p. 262).

Aristóteles (1985) certamente tinha a intenção de educar a Grécia, ele próprio se afastou de uma atitude de governante e se colocava como figura de educador. Segundo Carvalho (2006): “Quando Aristóteles, por exemplo, ensina um governante, ele não tenta ser o governante” (p.49). Olavo de Carvalho explica por meio de uma dialética, que cada filósofo dentro da tríade Sócrates, Platão e Aristóteles teve suas funções bem distintas. “o filósofo mártir, o filosofo líder e governante, e o filosofo como professor de sua comunidade, como orientador mas não como chefe” (p49).
Ao classificar idades, estabelecendo normas, leis de conduta e organização minuciosa da cidade-estado, as ideias prescritas por Aristóteles transcendem a Antiguidade grega do século IV a.C. Nesse caso, foi possível observar uma direta relação entre o governante, o governado e a educação, portanto, um processo dialético e político (GARCIA, 2011).
Com um sistema orgânico desde a formação da cidade, Aristóteles nos apresenta um tipo de estrutura de ensino conservador frente às mudanças deletérias observadas na educação brasileira. Deste modo, o governante deve pensar na cidade em desenvolvimento, pensar como ela deve se organizar e proporcionar uma educação completa, organizada, e minimamente ordenada.
Ficando essa educação cercada de grande preocupação, Aristóteles espera uma vida justa e feliz, com organização e autossuficiência evitando-se, o excesso de moradores no qual é incompatível para o equilíbrio do Estado. Uma família composta de homem, mulher e filhos como prevista na constituição já era para Aristóteles o principio de uma cidade justa e feliz, evitando-se a barbárie e decadência educacional.

Referências

ARISTÓTELES. Política. Trad. De Mário da Gama Cury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1985, 317p.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

CARVALHO, O. O projeto socrático. Coleção história essencial da filosofia. São Paulo: É Realizações, 2006, 69p.
GARCIA, A. B. Aristóteles nos manuais de história da educação. 1. Edição, São Paulo: Clube de Autores, 2011.

* É mestre em Educação e articulista do MAC- Movimento Aliança Cidadã. Site: http://www.alessandrogarcia.org/

Texto originalmente publicado em Movimento Aliança Cidadã


Gilmar Mendes é chantageado por Lula

Felipe Seligman 
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria a "central de divulgação" de intrigas contra ele e que a tentativa de envolver seu nome no esquema do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tem como objetivo "constranger o tribunal" para "melar o julgamento do mensalão".
"O objetivo [de ligar seu nome ao de Cachoeira] era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção. Era isso. Tentaram fazer isso com o Gurgel e estão tentando fazer isso agora", afirmou o ministro, fazendo referência às críticas recebidas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por ter segurado investigação, em 2009, sobre a relação entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
Mendes diz que, durante um encontro com Lula no escritório do advogado Nelson Jobim, o ex-presidente teria insistido em argumentar que o mensalão não deveria acontecer neste ano. Após ouvir do ministro do Supremo que o julgamento deve, de fato, ser realizado em breve, Lula teria então começado a fazer ilações sobre a possibilidade de Mendes ser investigado na CPI do Cachoeira.
A assessoria de Lula afirma que ele não vai comentar as declarações de Mendes feitas hoje. Ontem, o ex-presidente divulgou nota dizendo estar "indignado" com a versão, que foi relatada pela revista "Veja" e não é corroborada por Jobim.
Nesta terça-feira, Gilmar Mendes diz que desde sempre defendeu a realização do julgamento do mensalão ainda este semestre. "Não era para efeito de condenação. Todos vocês conhecem as minhas posições em matéria penal. Eu tenho combatido aqui o populismo judicial e o populismo penal".
"Mas por que eu defendo o julgamento? Porque nós vamos ficar desmoralizados se não o fizermos. Vão sair dois experientes juízes, que participaram do julgamento anterior, virão dois novos, que virão contaminados por uma onda de suspicácia. Por isso, o tribunal tem que julgar neste semestre e por isso essa pressão para que o tribunal não julgue", completou.
Visivelmente irritado e com o tom de voz alterado, Mendes diz que foi alvo de "gângsteres", "chantagistas" e "bandidos", que estavam "vazando" informações sobre um encontro que teve com Demóstenes, em Berlim, e que a viagem teria acontecido após Cachoeira disponibilizar um avião ao senador.
"Não viajei em jatinho coisa nenhuma. Vamos parar com fofoca. A gente está lidando com gângsters. Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos que ficam plantando essas informações", disse o ministro, que apresentou notas e cópias de suas passagens aéreas emitidas na TAM pelo Supremo Tribunal Federal.
Questionado se o ex-presidente Lula estaria entre os tais bandidos e gângsters, Mendes apenas respondeu que ele está "sobreonerado" com a tarefa de adiar o julgamento do mensalão. "Estão exigindo dele uma tarefa de Sísifo [trabalho que se renova incessantemente]", disse. Ele não disse quem seriam "eles" a exigir a tarefa.
Mendes afirmou ter dito a Lula que vai a Berlim como o ex-presidente vai a São Bernardo, que frequenta a cidade europeia desde 1979 e que possui atualmente uma filha que vive lá.
Segundo o ministro, ele não precisa de "fundo sindical, nem dinheiro de empresa" para viajar. Mendes citou que apenas um livro seu, o "Curso de Direito Constitucional", vendeu mais de 80 mil cópias desde 2007 e que com o dinheiro poderia dar "algumas voltas ao mundo".
"Vamos parar de futrica. Não preciso ficar extorquindo van para obter dinheiro. O que é isso. Um pouco mais de respeito", afirmou.
O ministro, então, relatou que entre 2010 e 2011 viajou duas vezes para Goiânia em aviões cedidos por Demóstenes Torres, mas que tais fatos são públicos. Segundo Gilmar Mendes, mesmo se, na ocasião de Berlim, o senador goiano tivesse oferecido uma carona, isso não seria um problema.
"Eu poderia aceitar tranquilamente. Estava me relacionando com o senador que tinha o mais alto conceito na República. Até pouco tempo nós discutíamos com ele todos os projetos".

terça-feira, 29 de maio de 2012

Lula se acovarda, alega estar indignado e não explica chantagem contra o ministro Gilmar Mendes


Receita conhecida – Até o começo da noite de segunda-feira (28), Luiz Inácio da Silva era o vilão no caso de chantagem ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Bastou crescer a polêmica em torno do assunto, com a possibilidade, mesmo que remota, de uma acareação entre ambos, para que Lula se acovardasse e usasse o instituto que leva o seu nome para divulgar nota em que afirma estar indignado com o conteúdo da matéria publicada pela revista Veja. Ou seja, como nos velhos tempos palacianos, Lula se transformou em vítima e negou ter pressionado o magistrado para conseguir o adiamento do julgamento do Mensalão do PT, o maior escândalo de corrupção da história nacional.

Essa encenação embusteira de Lula não convence quem conhece os bastidores do poder e principalmente a sua larga e notória desfaçatez. Consideradas todas as acusações de petistas contra Gilmar Mendes, o ex-presidente não tinha outro motivo para encontrar o magistrado que não pressionar o ministro na tentativa de postergar o julgamento do caso Mensalão do PT, que, de acordo com a lógica jurídica, deve acabar com muitos condenados.

De agora em diante, a estratégia petista será desconstruir a declaração do ministro Gilmar Mendes e reforçar a artilharia na direção da revista Veja, que desde o começo da CPI do Cachoeira vem sofrendo ataques por parte do PT e dos aliados do Palácio do Planalto. Por conta do insucesso de sua investida, Lula deve sumir de cena até que o assunto decante.

Acontece que a oposição protocolou na Procuradoria-Geral da República um requerimento para que o ex-presidente seja investigado. Caberá ao procurador-geral Roberto Gurgel, recentemente açoitado por petistas, a decisão sobre a abertura de inquérito para investigar o ex-metalúrgico, que, diga-se de passagem, é um cidadão comum como outro qualquer e está sujeito às penas da lei. Em um país minimamente sério Lula já estaria na mira da Justiça, quiçá preso.

Texto originalmente publicado em  http://ucho.info/?p=56162

segunda-feira, 28 de maio de 2012

'Poder Global e Religião Universal', de Mons. Sanahuja

As engrenagens de um engodo espiritual.




A rigor, Poder Global e Religião Universal (Ecclesiae, 2012), do Monsenhor Juan Claudio Sanahuja, não traz informações novas nem secretas, mas traz informações fundamentais expostas de forma ordenada, o que lhes dá uma inteligibilidade que geralmente lhes falta, ainda as reputando a personagens e iniciativas bastante concretas – com o que dá nome aos bois. O leitor brasileiro que opina sobre política já não tem desculpas para ignorar ou dar de ombros diante do projeto totalitário de governo mundial que canta como sereia à elite do ocidente: isso, porque tanto A verdadeira história do Clube Bilderberg (Planeta, 2006), do jornalista espanhol Daniel Estulin, como Corporação (Cultrix, 2008), do scholar inglês Nicholas Hagger, estão publicados no Brasil – claro, são só uma ponta do iceberg, mas pelo menos são uma ponta que abre caminho em nosso mercado editorial. Caminho esse, enfim, que é o mesmo do livro de Mons. Sanahuja, que ainda acrescenta uma peculiaridade aos estudos da matéria: o enfoque da “espiritualidade” que há décadas vem sendo forjada e promovida como caixa de ressonância na qual, para o cidadão comum, fará sentido a destruição sistemática de tudo que de mais honrado temos.

Livros como False Dawn, de Lee Penn, interessam-se mais pela “doutrina” (Helena Blavatsky, Alice Bailey, Barbara Hubbard, Teilhard de Chardin etc.), se assim podemos chamá-la, e pelos grandes promotores da religião universal que se quer baixar como decreto. Já ao Mons. Sanahuja interessam os estratagemas com os quais se baixam o decreto: o desenvolvimento de novos “paradigmas éticos” e “paradigmas religiosos” em uma operação multilateral – e cujo controle foge até mesmo aos grandes engenheiros sociais – de imposição de definições sempre mutáveis de “direitos humanos”, “desenvolvimento sustentável” e outras belas palavras que o leitor bem conhece, e cuja fonte irradiadora próxima o autor localiza nas grandes conferências internacionais da década de 1990, inspiradas no Relatório Kissinger (1974). Mas vamos por partes.

Primeiro: em que consiste o projeto de uma nova religião universal? Consiste na tentativa de “dar uma resposta única e universal a todas as questões que possam ser propostas pelos seres humanos, em qualquer situação em que se encontrem e onde quer que estejam. Para tanto, é necessário, como é lógico, colonizar a inteligência e o espírito de todos e de cada um dos habitantes do planeta”, especificamente através de um “credo religioso”, de todo oposto ao cristianismo (“a ética judaico-cristã não poderá ser aplicada no futuro”, afirmou Hiroshi Nakajima, ex-diretor geral da OMS). O leitor mais precavido poderá fazer um muxoxo ao tentar se lembrar de quando viu, se viu, algum João Batista a pregar o novo Messias da ONU. De fato, são raros os sacerdotes de um novo culto paramentados em praça pública a anunciar seu credo. Mas existem muitos burocratas, ongueiros e professores simpáticos a distribuir, como se fez em setembro do ano passado, em Recife, 50 mil exemplares da Carta da Terra (documento oficial da ONU) em forma de cordel a crianças de escolas públicas (http://www.recife.pe.gov.br/2011/09/30/prefeitura_do_recife_lanca_carta_da_terra_em_literatura_de_cordel_179066.php ). É um dos principais documentos da “espiritualidade ecologista” que põe homem e besta no mesmo nível, ao estilo de um panteísmo verde grosseiro à la Mikhail Gorbachev e sua Cruz Verde Internacional, cujos agentes defendem publicamente a substituição dos Dez Mandamentos pelo decálogo da Carta.

É tortuoso o percurso até a elaboração de um documento como esse. Em 1991, aponta Mons. Sanahuja, uma das agendas de trabalho da UNESCO dava conta da elaboração de uma “ética universal de vida sustentável”. De forma muito clara ali era posta a pedra fundamental do discurso ambiental alarmista que hoje conhecemos bem: “É necessário lembrar a verdade indiscutível de que os recursos disponíveis e o espaço da Terra são limitados” (UNESCO, Diez Problemas Prospectivos de Población, Documento de Trabajo, Caracas, Febrero 1991, pp. 6-9).

Vale a pena aqui citar mais extensamente Poder Global e Religião Universal:

“Nestes documentos de trabalho, a nova ética aparece quase como um paradigma messiânico: um ‘chamado a viver uma nova ética que terá que iluminar as interrelações complexas entre os fatores econômicos, o meio-ambiente e a população’. Seus preceitos, afirmam, deverão guiar a tomada de decisões dos governos, já que estas ‘não deverão ser consideradas como medidas sobre assuntos nacionais, mas sobre assuntos de interesse internacional’, pois, por exemplo, o alto crescimento demográfico de um país pobre cria necessariamente um fluxo migratório para países com melhor nível de desenvolvimento, os quais não têm capacidade de acolher novos imigrantes.”

Apontava-se, no mesmo documento, a necessidade de frear o desenvolvimento industrial em países do terceiro mundo (“o progresso industrial dos países desenvolvidos não se estenderá aos Países do Terceiro Mundo”) com vistas a preservar o meio ambiente; mas, de modo incompreensível, chama atenção Mons. Sanahuja, “o documento acrescenta que a única causa de degradação ambiental nesses países é o fator demográfico, e que é intolerável que ‘os pobres, que serão a maioria no futuro, prejudiquem os ecossistemas do mundo para conseguir se desenvolver a qualquer preço’”.

O que ali se plantava depois se colheria nos Princípios para viver de forma sustentável (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, 1991), em que se lê que “deve-se alcançar o equilíbrio entre a capacidade de carga da Terra, o volume da população e os estilos de vida de cada indivíduo”. Poucos poderiam, à época da apresentação desses princípios, imaginar que a massificação do aborto e do gayzismo seriam meios de salvar o planeta... É que não se pode perder de vista o que Mons. Sanahuja chama de “paradigma da reinterpretação dos direitos humanos”, assentado sobre a idéia de que os direitos humanos são “evolutivos”. Por exemplo, a Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher (CEDAW, 1979) reivindicara programas de “planejamento familiar”. Posteriormente o comitê de monitoramento dessa convenção “interpretaria” tal reivindicação como referência ao estímulo à esterilização, à contracepção e ao aborto, sem que nada disso constasse no texto original. Mais absurdo é o caso do comitê de monitoramento do Tratado Internacional contra a Tortura, que, por uma hermenêutica jurídica feérica, interpretaria o impedimento ao aborto como um ato de tortura contra a mulher.


Notem que isso não se limita a discussões chiques em salões da ONU: em 2009, o Comitê contra a Tortura efetivamente aplicou tal interpretação ao julgar que a Nicarágua, ao proibir o aborto terapêutico, violava o tratado.

Aliás, muitos desses documentos sequer necessitam ter vigência no direito internacional para que “painéis intergovernamentais” se ponham a trabalhar no que em curto prazo já será matéria universitária respeitável e, em seguida, política de governo. Um exemplo são os “Princípios de Yogyakarta”, que, embora não contem com o aval da “comunidade internacional”, vão pouco e pouco divulgando os “direitos humanos em perspectiva homossexual” através de estudos acadêmicos e cumplicidade de autarquias governamentais. Como se vê, atira-se de todos os lados, mas o alvo é um só: pois a destruição dos modelos correntes de sociabilidade (casamento gay, etc.) e a completa desvalorização da vida humana (aborto, etc.) são aríetes a abrir caminho para um novo projeto civilizacional, cujo esteio popular é o bom-mocismo da devoção ecológica à “Terra como Grande Mãe, Magna Mater, Inana e Pachamama”, como disse Leonardo Boff – sim: o homem é ainda hoje muito influente – na Assembléia Geral das Nações Unidas em 2009.

Os capítulos 5 e 6 de Poder Global e Religião Universal, “A confusão dentro da Igreja” e “Notas para uma conduta cristã”, endereçam-se especialmente ao leitor católico, delineando estratégias de oposição ao presente estado de coisas. Curiosíssima é a resenha apresentada, no capítulo quinto, de um livro pouco conhecido, o romance Os três diálogos e o relato do Anticristo, escrito em 1900, do filósofo russo Vladimir Soloviev. Trata-se de uma distopia em que o diabo, no fim dos tempos, apresenta-se como “pacifista”, “ecologista” e “ecumenista”... O leitor há de julgar o que vai ou não de profético aí.
 
O livro do Mons. Sanahuja se encerra com dois apêndices: o artigo “Obama e Blair. O messianismo reinterpretado”, do filósofo belga Michel Schooyans (que inclusive viveu no Brasil), tratando do governo Obama no que diz respeito, por exemplo, a políticas abortistas; e a conferência “A Terra e seu Caráter Sagrado”, que a irmã canadense Donna Geernaert apresentou no Plenário da União Internacional de Superioras Gerais (UISG, Roma, 2007), e a qual ilustra bem o modo como pessoas de dentro da Igreja pervertem a verdade de Cristo e a põem a serviço da adoração da “Mãe Terra” do novo culto sem altar.




É jornalista e ensaísta.

Adquira a obra na livraria do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho. Alunos do Seminário têm direito a descontos.
http://livraria.seminariodefilosofia.org/
http://www.ecclesiae.com.br/ 

Texto originalmente publicado em Mídia Sem Máscara


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Análise Médica: Câncer metastático no pulmão de Hugo Chávez limita sua exposição; sua expectativa de vida é de mais ou menos de 8 meses



Enquanto Chávez entra em seu quarto dia de isolamento, descansando para aliviar a extrema dor e as mudanças de humor imprevisíveis, os venezuelanos não só se perguntam onde tem andado, mas também por que não aparece em público. Na semana passada lhes demos a notícia de que o câncer com metástases de Chávez havia se disseminado pelo pulmão.


Hoje, estamos escutando que é provável que Chávez tenha câncer de células não pequenas no pulmão em sua quarta etapa. A quarta etapa é a fase mais avançada do câncer. Não tem cura; e a morte do paciente é praticamente segura. A expectativa de vida média das pessoas com esse tipo de câncer é de só 8 meses.   


Os sintomas da metástase do câncer no pulmão nos dão uma indicação clara como para as razões de Chávez de estar sendo fechado de Havana e em Miraflores. Metástases nos pulmões podem ter vários sintomas que obrigariam o Presidente a permanecer na cama, incluindo ter que cuspir sangue ou muco do sangrento dos pulmões e garganta, tosse incessante, falta de ar, dor no peito, fraqueza e incluindo perda de peso.


Remoção de tumores visíveis do pulmão com cirurgia geralmente não tem benefício; em vez de cirurgia, quimioterapia é o tratamento preferencial. Se quisermos dar-lhe o benefício da dúvida e tomar posse da palavra de Chávez que seu tratamento foi concluído e, em seguida, podemos supor que o câncer do presidente progrediu para o fase onde nem mesmo a quimioterapia teria êxito.


Às vezes, quando o câncer tem metástase em áreas limitadas do pulmão, eles podem ser removidos com cirurgia. No entanto, é necessário que o tumor principal seja curável, que os tumores de pulmão podem ser removidos completamente, e que o paciente tem força suficiente para passar por cirurgia e pela recuperação. Tendo em conta o que sabemos da condição frágil de Chávez, é provável que é demasiado arriscado para submeter o paciente a uma cirurgia deste tipo, mesmo que fosse uma opção dentre outras.


Outros tratamentos menos comuns para câncer de pulmão incluem a implante de stentes (endoprótese vascular) dentro das vias respiratórias, e até mesmo terapia com laser. Além disso, há outros tratamentos experimentais. Um destes tratamentos usa calor localizado para destruir a área. Outro introduz medicamentos de quimioterapia diretamente nas artérias que fornecem sangue à parte de pulmão que contém o tumor. Mas todos estes tratamentos têm complicações, incluindo fluido em torno do coração, que pode causar falta de ar; fluido entre o pulmão e a parede torácica, que também produz falta de ar; e ainda mais propagação do câncer.


Tal como indicamos anteriormente, médicos especialistas dizem que, na maioria dos casos, o câncer de pulmão com metástase é um sinal de que o câncer se espalhou para o vazo sanguíneo. Câncer de vazo sanguíneo é letal porque afeta a produção e o papel das células de sangue. A maioria destes cancros ocorre na medula óssea, que produz sangue. Células-tronco da medula óssea maduras e desenvolvem-se em três tipos de células do sangue: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos ou plaquetas. Na maioria dos cancros do sangue, o processo normal do desenvolvimento do sangue é interrompido pela expansão de um tipo de célula sanguínea anormal. Estas células sanguíneas, células cancerosas ou anormais, impedindo que o sangue mantendo muitas das suas funções, tais como a luta contra infecções ou a prevenção de hemorragia grave.


Além de sintomas graves que é possível que o presidente esteja experimentando, é provável que seu sistema imunológico esteja muito fraco, deixando muito vulnerável à infecção. Na verdade, um simples resfriado pode ser fatal para o líder, por que há meses Chávez evitar ser em estreito contacto com venezuelanos, preferindo o isolamento em Cuba ou no palácio presidencial.


Apesar de todos os possíveis cenários e análises, uma coisa é certa - o presidente está no pior estado de sua vida. Enquanto ele continua lutando para sobreviver, a nação que governa tranca a respiração, tentando evitar infectar a figura heróica, e enfrentando a triste realidade que mesmo um resfriado comum poderia terminar seu mandato.


Tradução de Antonio José de Pinho


Fonte: S.O.S. Chávez

terça-feira, 15 de maio de 2012

Moralidade e engenharia social: a aceitação do homossexualismo na sociedade

Antonio José de Pinho*


Num artigo recente, Júlio Severo cita o fato de que, em vários estados dos EUA, desde 1998, a questão do casamento gay foi levada às urnas 31 vezes ao todo. O que chama a atenção é que em todas as vezes os ativistas gays perderam nas urnas. O povo majoritariamente se manifestou contra a união homossexual. Severo ainda cita um outro número interessante: o casamento gay é ilegal em 38 estados.
Os ativistas gays, para defender sua ideologia, sempre gostam de citar Grécia e Roma como idílicos tempos em que o homossexualismo era aceito em sociedade. Esquecem que na antiguidade clássica podia se tolerar o homossexualismo, em certos meios, mas jamais houve casamento gay, ou a intromissão do estado nessas questões, aprovando leis sobre uniões homossexuais. Por acaso, em nenhuma sociedade no passado houve a institucionalização de união homossexual com igual status de uniões heterossexuais. O que sempre houve foram práticas homossexuais, dentre elas a pedofilia, que claramente é um crime grave contra o menor.
Era comum ao senhor romano manter um jovem em sua casa e ter relações sexuais com ele. Mas não era por essa relação homossexual que o senhor romano deixava de ter sua esposa. Nas sociedades greco-romanas, por questões de ordem religiosa, de acordo com a magnífica obra de Coulanges sobre a sociedade greco-romana, A cidade antiga, o casamento era obrigatório ao homem. Nessas sociedades havia o culto aos espíritos dos antepassados – que eram adorados como verdadeiros deuses familiares. Um homem deveria deixar herdeiros para que seu espírito e os espíritos de seus ancestrais também fossem adorados. Na concepção da época, a felicidade da alma após a morte dependia dos sacrifícios oferecidos pelos descendentes, no túmulo da família. Dessa forma, não deixar descendentes implicava quase como que na extinção de uma religião, pois toda família possuía seus próprios deuses – os antepassados – e rituais específicos. Quem não tivesse filho estaria fadado a ser um espírito infeliz – e condenaria seus antepassados –, porque não existiria mais alguém para lhes prestar culto, e oferecer os sacrifícios. Portanto, não havia a menor possibilidade de um homem “casar” com outro homem, deixando de ter uma esposa, que lhe daria descendentes. Como foi afirmado, havia relações homossexuais, mas estas ocorriam num contexto fora do casamento heterossexual comum.
Com o fim da era pagã e a cristianização do antigo Império Romano, a prática homossexual – além de ser marginal ao casamento heterossexual – passou a não ser mais aceitável, justamente em virtude das leis mosaicas, ou mesmo dos ensinamentos do Novo Testamento. A carta de São Paulo aos romanos é enfática na crítica ao comportamento homossexual, amplamente difundido na Roma do século I d.C..
Nesse ponto é importante destacar que há uma diferença entre homossexualidade e homossexualismo. A homossexualidade é a atração de uma pessoa por outra do mesmo sexo, comportamento que contraria a maioria dos indivíduos que, ao contrário, se atraem sexualmente pelo sexo oposto. Naturalmente, as pessoas na grande maioria são movidas pelo natural impulso (mesmo que inconsciente) da reprodução.
O homossexualismo, por outro lado, tem a mesma natureza dos outros “ismos”, pois é a utilização para fins políticos da homossexualidade. É um movimento que – sem uma leitura objetiva da história das civilizações – cria pretensos “direitos gays”, e se utilizam de lobby político para leis anti-homofobia e casamento gay.
A atividade do movimento homossexual começa por deformar o vocabulário da língua, criando o termo homofobia. Com essa deturpação da língua, passam a rotular de homofóbico todo aquele que não concordar com a agenda dos movimentos gays. Por isso, é necessário separar as coisas. Uma coisa é agredir e matar uma pessoa por aversão a sua homossexualidade, outra completamente diferente é ser contrário a ideologia do movimento homossexual. Não se pode colocar tudo no mesmo saco. Ser contrário a agenda ideológica do homossexualismo é uma postura política válida, o que é garantia constitucional; por outro lado, agredir e matar gays são um crime já punível pelo atual Código Penal. Portanto não há sentido em se criar leis anti-homofobia, pois a agressão física e assassinato – seja de um gay ou de um heterossexual – são crimes. E ocorre que no Brasil efetivamente não há crimes contra gays em quantidade que justifiquem tamanhos gastos em ONGs, e tanta pressão política. Se há casos – eu particularmente não os conheço -, são fatos muito isolados, fruto de psicopatologias de alguns indivíduos. É fato que no Brasil há uma histórica tolerância sexual, ao contrário dos países mulçumanos, em que realmente se mata quem for pego em ato sexual com pessoa do mesmo sexo. Em nações mulçumanas até que um movimento por mudanças sociais se justifica, mas este deveria ser na defesa de todos os direitos humanos, e não de apenas de um grupo, que briga por um tratamento especial das leis.
Certa vez escrevi que há temas muito mais urgentes para uma discussão no Brasil do que a agenda do movimento homossexual, tais como as lutas por mais verbas utilizadas sem corrupção na educação e saúde, leis mais rígidas contra a corrupção, o tráfico de drogas, a pedofilia, etc. São inúmeras as questões que merecem um democrático debate público. E diante de tais questões, a causa gay toma proporções ínfimas de relevância social, sem dizer que os pressupostos básicos sobre os quais se apoia são falsos, como tenho demonstrado aqui.
Para que se façam leis para defender a agenda gay, numa democracia, primeiramente é necessária a aprovação popular. Porém, como afirmou Júlio Severo, no artigo que citei no início, os americanos têm se mostrado majoritariamente contrários a agenda do ativismo gay. Mas o ativismo não se importa com a opinião da maioria, porque estão convictos que estão com a verdade absoluta sobre a natureza da família e da moral. São os outros que estão errados, por isso tudo é valido para que sua visão das coisas prevaleça. É dessa maneira que se fecham ao diálogo e a aceitação a vontade da maioria, partindo para a guerra cultural. Esta, obviamente, é feita com a arma poderosa da mídia.  Como disse Júlio Severo,   

“os meios de comunicação se enxergam com a missão de saturar a mente de suas audiências com imagens positivas das pretensões gays, de modo que o público se acostume tanto com o homossexualismo que, cedo ou tarde, expressará, nas urnas e outros lugares, apoio a esse comportamento.”

Após ler o artigo de Júlio Severo, acabei me deparando com uma entrevista publicada na Veja, de Jonathan Gottschall, que é professor universitário de literatura inglesa nos EUA. Fiquei impressionado com uma de suas respostas sobre o efeito da ficção na sociedade:

“Diversos estudos foram feitos sobre o poder da ficção nas atitudes e no comportamento das pessoas. Essas pesquisas avaliam as percepções de participantes contrários e favoráveis a uma determinada causa polêmica, como aborto ou a pena de morte. Os dois grupos lêem textos de ficção ou não ficção sobre um mesmo assunto e com conteúdo similar. Na maioria dos estudos, as pessoas que leem textos de ficção mudam de opinião com muito mais facilidade do que as expostas a histórias reais. Absortos em histórias fictícias, os indivíduos tendem a baixar a guarda, deixam seus preconceitos de lado. Varrem a dose de ceticismo que têm sobre determinado assunto para debaixo do tapete e tornam-se mais receptivos a crenças contrárias às suas. Colocam-se no papel do personagem principal e vivenciam seus dramas e problemas. Um exemplo recente aconteceu nos Estados Unidos. Os americanos sempre foram contrários ao homossexualismo e ao casamento gay. Nos últimos quinze anos a situação se inverteu. Os cientistas sociais não entendiam a velocidade da transformação. Afinal, concepções dessa natureza não mudam tão rapidamente. A justificativa encontrada pelos sociólogos foi a proliferação de programas, séries de TV e novelas sobre o universo gay, com personagens homossexuais, como Will & Grace e Modern Family. O fato é que sempre pensamos na ficção como forma de escapismo. Mas uma história não só produz entretenimento, ela também nos molda e é capaz, inclusive, de interferir nos acontecimentos históricos.”

O que Gottschall descreve abre as portas para perguntarmos se essa mudança de mentalidade é um movimento natural da sociedade, ou um fenômeno planejado. Gottschall não diz se há ou não um planejamento dessa mudança de mentalidade nos EUA. Se a mídia fosse patrocinada diretamente por seu público, e se ela estivesse nas mãos de muitas pessoas, poderíamos crer na espontaneidade da mudança social da aceitação da homossexualidade e da abertura de maior espaço a programas gays na TV. Contudo, toda grande mídia americana está nas mãos de meia dúzia de pessoas. Ou seja, basta uma reunião dessas seis pessoas para que se definam os conteúdos de séries e novelas, ou uma pressão dos grandes anunciantes sobre os donos da mídia por um enfoque maior a certos temas, como, neste caso, a homossexualidade. São a meia dúzia dos donos da mídia e o poder econômico que a sustenta que estão promovendo uma engenharia social, com vistas a mudar a mentalidade das novas gerações, porque as mudanças de padrões comportamentais e valores são geracionais. É fato notório e amplamente aceito entre os especialistas que as elites econômicas estão se utilizando da mídia, principalmente a TV, como meio de aplicar as técnicas de engenharia social desenvolvidas ao longo do século XX.
A psicologia comportamental mostrou que estímulos positivos fazem muito mais efeitos que estímulos negativos no condicionamento de padrões de comportamento. Ou seja, é melhor dar um chocolate a uma criança, para que estude mais, de que de bater nela. O estímulo positivo tem a vantagem de não resultar em comportamento agressivo por parte do sujeito que passa pelo condicionamento. O condicionamento pela mídia é terrivelmente cruel, para não dizer criminoso, pois as vítimas – que somos todos nós – muito raramente vão ter consciência de que estão sendo treinadas a ter certos tipos de comportamento, em detrimento de outros. Ainda mais, a vítima crê fielmente que sua visão de mundo é realmente sua, e não que foi planejada e implantada em sua mente por sofisticadas técnicas de psicologia comportamental, aplicada como arma de engenharia social, melhor dizendo, como arma de manipulação inconsciente da população.  
De posse do conhecimento científico, as elites, formadas principalmente por donos de empresas internacionais de mídia e banqueiros, promovem por meio de novelas, seriados e clipes musicais toda sorte de valores anticristãos. Essa é uma mudança de tática da mente revolucionária. Os métodos violentos aplicados pelo comunismo durante o século XX, que eram estímulos negativos, foram falhos em sua meta de destruir a civilização cristã ocidental, baseada em soberanias nacionais.
Os movimentos revolucionários são globalistas. Sua ação é pela instauração de um governo mundial não democrático, com poder centralizado nas mãos dos banqueiros internacionais, para chegar a tal objetivo chegaram a conclusão de que o cristianismo é uma barreira para a concretização da sociedade que planejaram para o futuro.
Como demonstra Antony Sutton em Wall Street e os Bolcheviques, foram os banqueiros internacionais que financiaram a Revolução Russa de 1917. Hoje também é sabido que a Revolução Francesa foi planejada e financiada pela elite dos banqueiros europeus, e não foi um movimento popular e espontâneo, como dá a entender a história oficial.  
A agenda do ativismo gay é, portanto, mais uma das faces do movimento revolucionário mundial, que conta com vultosos recursos de fundações internacionais mantidas por bancos e empresas multinacionais, recursos financeiros que são empregados na criação de ONGs. Estas, por sua vez, com abundantes verbas e recursos humanos (principalmente entre a elite intelectual e artística) – mobilizados por meia da ação da mídia – que pressionam os políticos para as mudanças legais, e promovem paradas gays em todas as grandes nações ocidentais. Com toda a máquina midiática nas mãos, o movimento revolucionário encontra um meio mais sutil e não violento da modificação dos valores do povo. Isso nada mais é do que uma luta silenciosa – por não ser uma guerra abertamente declarada –, mais muitas vezes explícita, contra a própria religião cristã.
O que demonstra o caráter anticristão do ativismo gay é a luta pela criação de leis que punam a homofobia, um conceito este que em si já é problemático. Porque, como definir objetivamente a homofobia? Seria qualquer manifestação pública de uma simples opinião contrária a prática da homossexualidade? Sim, é isso mesmo. Ocorre que o alvo dessa lei não é a defesa dos gays, como pensam os homossexuais, eles são apenas instrumentos que atuam inconscientemente num processo muito maior e mais complexo, que no limite se trata da destruição gradual da civilização ocidental baseada do cristianismo, e não da construção de uma “sociedade plural” como dizem. Como podem os ativistas gays lutar por uma “sociedade plural”, se eles próprios não toleram a existência de opiniões divergentes? O alvo das leis anti-homofobia são claramente padres e pastores, pois tais leis impõem censura sobre a abordagem de determinados temas, mais especificamente a pregação integral da moral cristã. Se os grupos defensores do homossexualismo atingirem seus objetivos, nada mais faltará para que se iniciem a prisão de religiosos. As leis anti-homofobia destroem duas bases sobre as quais repousam os valores democráticos: a liberdade religiosa e a liberdade de opinião.
É mais que óbvia a consequência da ação de grupos que se usam de um comportamento de foro íntimo, que é a sexualidade, como arma política: a perseguição religiosa. É o fim da liberdade do indivíduo e o nascimento de um estado todo poderoso, definidor das verdades nas quais os cidadãos devem crer. É terrível chegar à conclusão de leis dessa natureza – casamento gay e anti-homofobia – podem causar um efeito dominó, que culmina do desmoronamento completo da democracia. Isso demonstra o alto nível de planejamento e sofisticação dos engenheiros sociais que estão na origem disso tudo.
O uso da intimidade pessoal como arma política é claro sintoma de uma mentalidade totalitária, que vê na intervenção do estado sobre a privacidade dos indivíduos como meio de controle e coerção de atitudes e entidades indesejadas pela elite defensora de uma nova ordem utópica para o mundo, cujos traços gerais jamais foram vistos em alguma sociedade do passado. Uma ordem nova, portanto, formada por valores totalmente antinaturais. Porque, se os valores dessa nova ordem utópica fossem os melhores ao homem (e de acordo com sua natureza), o natural desenvolvimento da humanidade já teria chegado a esse estado de coisas tão sonhado pela elite que se pensa iluminada, detentora única do melhor modelo de sociedade para todos. Se a utopia da república mundial é o melhor caminho para a humanidade, porque seus proponentes agem sempre nos bastidores do poder, em segredo, ocultando tudo ao povo? 

Fontes:
COULANGES, Fustel de. A cidade antiga. São Paulo: Ediouro, s.d..
GOTTSCHALL, Jonathan. Entrevista. Veja, edição 2268, 9 de maio de 2012.  
SEVERO, Júlio. Derrota gay: o poder do povo diante do poder tirânico das elites. Mídia Sem Máscara, 9 de maio de 2012. Disponível em: http://www.midiasemmascara.org/artigos/internacional/estados-unidos/13044-derrota-gay-o-poder-do-povo-diante-do-poder-tiranico-das-elites.html
* É Bacharel em Letras e Mestre em Linguística pela UFSC.
Texto originalmente publicado no blog Cibercrônicas

Mitos da escravidão em Minas são derrubados por pesquisador

Gustavo Werneck

Estudioso derruba imagem de que os negros eram sempre os humilhados e revela: em Minas, mais de 30% deles tinham posses, eram proprietários de terras e até de outros escravos


Nas novelas de tv, ambientadas nos tempos da escravidão, os negros têm destino certo: quando não ficam amarrados no tronco apanhando feito cachorro, estão presos aos grilhões nas senzalas ou preparando quitutes na cozinha da fazenda. Já na literatura do século 19, comem o pão que o diabo amassou – se é que havia pão! – no porão das embarcações, encarando “tanto horror perante os céus” – como escreveu o baiano Castro Alves (1847-1871) no poema Navio Negreiro. Ganhou força, então, no imaginário popular, a imagem de homens e mulheres humilhados, vítimas de olhos baixos e impotentes para levantar a voz contra o seu senhor. Mas novos estudos mostram que a trajetória dos escravos africanos no Brasil tem muitos mitos e que eles foram, sim, agentes da história e nem sempre submissos.

Estudioso de tema tão polêmico há mais de 20 anos e autor de vários livros, o professor de história da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Eduardo França Paiva conta que os escravos desenvolveram autonomia e até ajuizaram ações contra os seus proprietários, quando se sentiam lesados. Muitas vezes levaram a melhor no tribunal, ao defender, por exemplo, que já haviam pago todas as parcelas de compra de sua liberdade, algo que o senhor contestava. “O equívoco maior é pensar que os cativos foram vítimas o tempo todo. O 13 de maio de 1888, lembrado amanhã, data em que a Princesa Isabel (1847-1871) assinou a Lei Áurea e extinguiu a escravidão no Brasil, serve para discutir o assunto e corrigir uma série de distorções, muitas delas construídas pelos abolicionistas”, diz o professor, que segue na próxima semana para Sevilha, Espanha, onde fará o segundo pós-doutorado, desta vez sobre as Américas portuguesa e espanhola.

Nas suas pesquisas, o professor Eduardo, que atua nas áreas da história da escravidão e das mestiçagens, vem fazendo descobertas surpreendentes. Uma das mais importantes se refere aos senhores de escravos que, ao contrário do que se aprende na escola e nos livros didáticos, nem sempre eram brancos. Em Minas, do início do século 18 a meados do 19, mais de 30% desses proprietários eram ex-escravos ou descendentes de escravos. Em 1776, conforme as estimativas, havia na capitania de Minas, então a mais rica e populosa da colônia, com um comércio conectado com o mundo e efervescência social e cultural, cerca de 300 mil habitantes, sendo 130 mil forros (ex-escravos), 110 mil escravos e 60 mil brancos.

“Havia em Minas mais ex-escravos do que escravos, a maior parte mulheres”, afirma o professor, explicando que somente a partir da segunda metade do século 19, a escravidão passou a ser condenada. “Até então, era legal e legítima, e os cativos prezavam dois valores fundamentais: queriam ser livres e proprietários de escravos. Os castigos físicos eram comuns nesses tempos de patriarcado, em que os pais batiam muito nos filhos”, diz o autor de vários livros, entre eles Escravidão e universo cultural na colônia, editado pela UFMG, e Escravos e libertos nas Minas Gerais do século 18, da coleção Olhares/UFMG/Annablume.



Fortuna

Entre as personagens mais importantes encontradas nas pesquisas está Bárbara Aleluia –negra filha de africanos, nascida no Brasil –, uma pernambucana que viveu em Sabará. “Ela foi uma das mulheres mais ricas da época, acumulou fortuna com o comércio e outras atividades”, revela. Pinturas ainda desconhecidas da maioria dos brasileiros mostram negras cobertas de joias e usando trajes típicos, a exemplo das mulheres africanas, ou andando pelas ruas com seu séquito. Num livro, Eduardo mostra o retrato de uma baiana, uma negra enriquecida, que posa em estúdio com seus colares de ouro.

Em Minas, com uma sociedade mais urbana, a situação era bem diferente da encontrada ao Norte da América Portuguesa. “Aqui havia muitos senhores de poucos escravos, em média cinco para cada um, bem diferente de Pernambuco e Bahia, com 30 por um. Outro diferencial mineiro é que nem todos os proprietários eram ricos”, diz o professor, explicando que, por volta de 1730, a mineração de ouro já estava em decadência, embora a economia se mantivesse forte e dinâmica, com um comércio influente e produção agrícola em ascensão. Esse quadro favorecia a compra da liberdade.

Para conseguir o seu objetivo, o cativo tinha que ser, antes de mais nada, um bom negociador, o que significava um acordo com o seu dono sobre a forma de pagamento. Quem não ganhava a alforria em testamento ou na pia batismal, podia pagá-la parceladamente, num período de quatro a cinco anos, em prestações semestrais, num sistema denominado coartação –nesse tempo, o chamado coartado ficava longe do domínio cotidiano de seu proprietário. Outra forma de ficar livre era pagando à vista. “O dinheiro para saldar o débito era obtido de diversas formas. As mulheres dominavam o pequeno comércio, vendendo, nas ruas, doces, sucos, carnes e outros produtos. Eram muito comuns, nessa época, as ‘negras de tabuleiro’, que, como mostram também gravuras antigas, saíam pelas vilas e arraiais vendendo comidas. A prostituição era outro caminho para alcançar a liberdade”, conta. O artista italiano Carlos Julião (1740-1811) pintou aquarelas retratando a vida dos recém-chegados da África – e chamados de boçais por não saberem falar a língua portuguesa – e dos enriquecidos.

Um dos objetivos do professor é tirar dos escravos e forros o perfil exclusivo de vítimas e dar-lhes a dignidade de quem construiu sua liberdade e ajudou na edificação do país. “No Brasil, o cenário de escravos amarrados ao tronco, sendo chicoteados, é fortemente panfletário, embora o castigo físico tenha existido em toda a colônia. Enquanto os escravos foram efetivamente agentes da história, a historiografia brasileira contemporânea continua repetindo discursos abolicionistas, o que significa exagerar no grau de violência praticado pelos senhores”, diz o professor, convicto da necessidade de maior aprofundamento das pesquisas.


Primeiras leis


Para quem pensa que todo negro na colônia era escravo, o professor esclarece que nem todo escravo era negro”. Mulatos, pardos e cabras (descendentes de negros e índios também eram escravos. E por que essa diferença? Eduardo conta que, no século 18, os “negros de corte”, a exemplo de alguns nobres do reino do Congo, iam estudar em Lisboa, Portugal, ou Salvador, na Bahia. Igualmente livres eram também alguns africanos que trabalhavam nos chamados navios negreiros que cruzavam o Oceano Atlântico. Em 1830, surgem as primeiras leis que proibiam o tráfico de negros determinando que todo africano que pusesse os pés no território brasileiro deveria ser considerado livre.


“O equívoco maior é pensar que os cativos foram vítimas o tempo todo. O 13 de maio serve para discutir o assunto e corrigir uma série de distorções, muitas delas construídas pelos abolicionistas” Eduardo França Paiva, professor de história da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Linha do tempo

Século 16 – Começa a escravidão no Brasil e os índios são os primeiros a trabalhar nesse sistema. Os negros africanos chegam à colônia na segunda metade do século
Século 18 – O sistema começa em Minas, sendo escravos os negros, mulatos, pardos e cabras (filhos de negros com índios)
1830 – Entram em vigor as primeiras leis proibindo o tráfico atlântico de escravos. Todo africano que chegasse ao território brasileiro deveria ser considerado livre
1850 – Em 4 de setembro, é aprovada a Lei Eusébio de Queirós, que põe fim ao tráfico negreiro
1871 – Em 28 de setembro, é promulgada a Lei do Ventre Livre, que considerava livres todos os filhos de escravas nascidos a partir daquela data
1885 – Em 28 de setembro, é promulgada a Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotegipe, que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos
1882 e 1885 – Em Minas, são criadas a Sociedade Abolicionista de Ouro Preto e a Beneficente Associação Marianense Redentora dos Cativos, que promoviam a emancipação dos escravos
1888 – Em 13 de maio, a Princesa Isabel sanciona a Lei Áurea, que extingue a escravidão no Brasil

Fonte: Estado de Minas


Forças armadas americanas desenvolvem chips espiões para soldados

Bob Unruh
Governo americano alega apenas querer benefícios de "saúde" com os nanosensores

As forças armadas americanas querem implantar nanosensores nos soldados para monitorar sua saúde em futuros campos de batalha e responder imediatamente às suas necessidades, mas especialistas em privacidade alertam que o avanço é apenas mais um passo no caminho que levará à obrigatoriedade de chips para todos os cidadãos.
Chip
“Nunca será o caso de o governo lhe apontar uma arma e dizer: ‘Você vai usar um chip de rastreamento’”, disse Katherine Albrecht, coautora, junto com Liz McIntyre, de “Spychips” (Chips Espiões), um livro que alerta para a ameaça à privacidade representada pela RFID, ou identificação de radiofrequência.
“Sempre são passos gradativos. Se você colocar em uma pessoa um microchip que não a rastreia... todos dirão, ‘Ah vá’”, disse ela. “Será interessante ver aonde isso vai chegar”.
De acordo com repertagem da Mobiledia, a Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa (conhecida pela sigla em inglês DARPA) confirmou planos de criar nanosensores para monitorar a saúde de soldados nos campos de batalha.
Os dispositivos também permitiriam informar dados aos médicos. Mas analistas de privacidade manifestaram a preocupação de que os implantes pudessem ser usados não apenas para monitorar a saúde, mas também para monitorar e possivelmente controlar as pessoas.
A DARPA descreve a tecnologia na qual está trabalhando como “uma inovação realmente prejudicial”, que iria diagnosticar e monitorar sinais vitais e “até liberar medicamentos na corrente sanguínea”.
De acordo com a LiveScience.com, “Resolver o problema das doenças poderia ter um impacto enorme no número de soldados prontos para lutar, porque, historicamente, um número muito maior morreu de doenças do que em combate”.
O relatório sugeriu que para as forças especiais, “a concretização prática de nanosensores capazes de monitorar múltiplos indicadores de estado fisiológico poderia ser uma inovação realmente prejudicial”.
O conceito de nanosensores capazes de diagnosticar doenças já está sendo pesquisado.
A DARPA espera lançar um segundo esforço focado em tratamentos ainda este ano.
Albrecht disse que a ação é outro passo no caminho de ter chips implantados em todas as pessoas, que poderiam muito bem monitorar a saúde, mas também outras áreas da vida.
Os microchips, diz ela, já são comuns em animais estimação em várias partes do país, e que a sua aceitação tornará mais fácil para exigir o mesmo para pessoas.
Ela afirma que já se esperava que a população confinada, como prisioneiros e tropas, seria a primeira sujeitada à obrigação, o que tornaria mais fácil para o público geral também aceitá-lo.
“É interessante”, disse ela. “Estou surpresa com a apatia dessa geração nova. Eles não enxergam o problema… ‘Por que alguém não iria querer ser rastreado?’”
Mas ela afirma que todos os americanos terão que decidir e dizer não a esses avanços gradativos, ou então quando as autoridades finalmente lançarem a ideia de chips para todos, querendo eles ou não, será tarde demais para decidir.
“A analogia que faço é [a de um trem], e se estou na Califórnia e não quero ir parar em New City, cada parada me leva mais próximo”, afirma. “Em algum momento, terei que descer do trêm”.
Albrecht também ajudou a desenvolver e lançar um novo projeto chamado StartPage, que agora está processando 2 milhões de solicitações de busca por dia.
O benefício da página é a sua privacidade. O site explica que cada vez que uma pessoa utiliza um típico site de busca, como o Google, “os dados da sua busca são armazenados”.
“Eles então armazenam as informações em um enorme banco de dados”, explica.
Como resultado, os empresários americanos e o governo têm acesso a “uma quantidade impressionante de informações sobre você, como seus interesses, circunstâncias familiares, inclinações políticas, condições de saúde e mais”.
O WND noticiou anteriormente que donos de animais relataram câncer nos seus animais após a implantação do microchip. A notícia documentou como um cachorro desenvolveu um câncer altamente agressivo justo no local onde o chip foi inserido.
Albrecht contou a história de outro cachorro, um yorkshire de cinco anos chamado Scotty que foi diagnosticado com câncer em Memphis, no estado de Tennessee. Scotty desenvolveu um tumor entre as omoplatas, no mesmo local onde o microchip havia sido implantado. O tumor, do tamanho de um pequeno balão, descrito como um linfoma maligno, foi removido. O microchip de Scotty estava preso dentro do tumor.
A Verichip, um grande fabricante de implantes de microchip, exalta a possibilidade de a tecnologia identificar um animal perdido e permitir que ele retorne para casa, e descartou os potenciais riscos de saúde.
“Nos últimos 15 anos”, afirma o site da Verichip, “milhões de cachorros e gatos receberam com segurança o microchip, com poucos ou nenhum relato de reações adversas de saúde desse produto que pode salvar vidas, recentemente endossado pelo Ministério de Agricultura dos Estados Unidos. Esses chips são um meio bem aceito e bem respeitado de identificação global para animais de estimação na comunidade veterinária”.
O WND também noticiou que existem alertas sobre um chip de radiofrequência que permitiria a identificação de indivíduos por agentes do governo simplesmente ao passarem por eles.
A proposta, que recebeu o apoio de Janet Napolitano, diretora do Departamento de Segurança Interna, iria implantar chips de radiofrequência em carteiras de motorista, ou “carteiras de motorista aprimoradas”.
“Carteiras de motorista aprimoradas dão a garantia de que a pessoa portando a carteira seja a sua verdadeira dona, e é menos complicada do que o REAL ID (Documento de Identidade Real)”, disse Napolitano em uma reportagem do Washington Times.
O REAL ID foi um plano para um sistema federal de identificação padronizado por toda a nação que preocupou tanto os governadores que muitos estados adotaram planos formais para impedi-lo. No entanto, um defensor da privacidade disse ao WND que a carteira de motorista aprimorada é muito pior.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil do artigo do WND: “U.S. military developing spychips for soldiers”.

Comentários de Juventude Conservadora da UFSC:
A utilização de microchips em toda a população serviria apenas para o governo vigiar e localizar mais facilmente os indivíduos indesejados ao sistema, e prendê-los. Essa tecnologia dá um poder de onipotência ao Estado, e reduz todos à condição de gado rastreado por satélite. Justifica-se essa tecnologia em nome da segurança, o problema é a má intenção por trás do microchip: o controle (e não a defesa) dos indivíduos.
No Brasil temos que ficar atentos a notícias como essas, pois a onda chega primeiro nos EUA, e depois alguém aqui tem a “boa ideia” de copiar. Estar informado é a melhor arma para que impeçamos, através de pressão sobre os governantes, para que não se permita a implementação dessa tecnologia no Brasil.